Uma mulher chamada Blandina…
Estes dias li sobre uma mulher que viveu no
segundo século chamada Blandina. Pouco se sabe da vida dela, como vivia ou o
que fazia. O que sabemos com certeza é que ela era cristã. Os cristãos que
vivam nas cidades de Lion e Viena, localizadas na Gália, sofreram forte
perseguição do império romano. Em pouco tempo as celas estavam abarrotadas de
cristãos.
Nos julgamentos eram pedidos aos da fé que
negassem seu Senhor e que adorassem aos deuses e a figura do imperador. Os que
se negavam eram mortos em todo tipo de sórdida tortura. Se é que existe tortura
que não seja sórdida. Entre os muitos mártires, estava Blandina.
Os documentos que restam, falam dela como uma
mulher frágil. Muitos irmãos temiam esta fragilidade física, por que ela
seria alvo fácil dos verdugos. Ledo engano: no momento em que foi torturada não
negou seu Senhor de tal modo que os verdugos se alternaram nas torturas. E ela
se mantendo firme! Quando vários irmãos foram levados circo para morrerem
devorados pelas feras, a penduraram num madeiro e em meio as dores ela
conseguiu ter forças para encorajar o que iriam ser mortos a manterem-se fiéis
a Quem tinhas lhes dado vida. Os outros morreram, mas as feras não a tocaram.
Diante de tanta força, os verdugos a levaram de
volta as torturas físicas em frente ao público: a açoitaram, jogaram cães para
a morderem, fizeram-na assentar numa chapa de ferro quente. Por fim a amarraram
a uma rede e fizeram com que um touro bravo a chifrasse.
Além de estar completamente moída os verdugos e
oficiais a obrigavam a negar sua fé. Ela no fio de voz que sobrava dizia que a
morte não tinha lugar em sua vida, pois o Senhor havia vencido a morte por ela.
As autoridades sem ter o que fazer, mandaram degolar Blandina.
Sei que o retrato exposto aqui é chocante.
Torturas extremas, sangue e uma frágil mulher resistindo a tudo e todos em nome
do Senhor.
E querem saber… Senti-me envergonhado lendo este
relato de Blandina. Olhei para minha vida e fiquei pensando qual o valor que
dou ao meu Senhor? Daria minha vida assim?
Olhei para a igreja evangélica brasileira de hoje
e pensei: “Será que existem Blandinas?”. Quero crer que sim, mas confesso que
olhando a apatia geral me parece que inclusive muitos ao lerem um relato destes
acabem desconfiando da veracidade dele.
Principalmente porque um remédio, muito mal
receitado inclusive, que as igrejas andam prescrevendo por ai é o caminho da
prosperidade e do não sofrimento. Como se isto fosse uma promessa divina. Não é
de se estranhar que muitos incrédulos estão do nosso lado e não tem nada de
mudanças internas em suas vidas. No máximo mudanças externas, seja no “igrejês”
ou no vestuário.
Como seria uma Blandina vivendo nos dias atuais…
Acho que no mínimo não se calaria sobre esta vergonha em nome do Senhor que
tanto amava e que ela preferiu a morte do que negá-lo. Acredito que ela com
toda a firmeza e amor não se calaria diante de tanta forma expúria de viver o
Evangelho tão valioso de Cristo. E novamente me envergonho de mim mesmo por
reclamar e até mesmo negá-lo com meus gestos e atitudes em vários momentos de
minha vida.
Blandina me ensinou que Cristo é a pérola de
Grande Valor que o texto de Mateus 13.46: aquela pérola
que fez um negociante vender tudo, pois esta pérola era a razão de se ter perólas!
E as outras pérolas perderam todo o brilho: só esta pérola de grande valor é
que valeria a pena ter.
Jesus é esta pérola e se você que lê este texto
não O entende assim, acho que deveria rever sua fé…
Hoje com Blandina eu comecei a rever a minha: ele
é a RAZÂO do meu viver e do meu morrer.
Mais uma vez: obrigado Blandina!
Fonte: http://sandrowagner.wordpress.com/2009/07/14/uma-mulher-chamada-blandina/